Antigas
No remake do Robocop, uma Kawasaki irada vai a 397 km/h no combate ao crime.
Postado em: 2 abril, 2014
Filmes com motos é sinônimo de adrenalina. E pra quem gosta do gênero, o esperado remake de Robocop (1987) já está nas telas dos cinemas, agora com produção do brasileiro José Padilha (Tropa de Elite 1 e 2), muita aventura e ação. Mas o que chama mesmo a atenção de quem assiste ao filme é a Kawasaki do Robocop.
O Robocop de 2014 trocou o Ford Taurus do filme original por uma Kawasaki irada, para rodar pelas ruas de Detroit com muito mais velocidade e estilo. Aí sim! Afinal, viaturas convencionais são para tiras comuns. Não para ele, que é “o cara” (ou seria “a máquina”?) no combate ao crime.
Na trama, Alex Murphy, vivido por Joel Kinnaman (da série The Killing) pilota uma motocicleta preta pra lá de futurista, que atende pelo nome de C-1 – um protótipo de veículo tático que, assim como ele, é produzido pelo conglomerado Omnicorp, a famosa OCP.
Nas “especificações técnicas” da fabricante (fictícias, claro!), encontramos um propulsor de 16 válvulas arrefecido a hidrogênio líquido com câmbio de seis velocidades, capaz de levar a supermáquina a cinematográficos 397 km/h. E esqueça combustível! A C-1 é carregada com eletricidade, oferecendo autonomia de 600 quilômetros para cada “carga” efetuada. O chassis é uma verdadeira armadura, feita de grafeno (um composto de carbono) com aço líquido. Sistemas eletrônicos na rabeta ajudam no equilíbrio da moto, enquanto câmeras auxiliam a navegação.
Fora das telonas, a C-1 do novo Robocop tem como “ancestral” a Kawasaki Z1000. O responsável pela transformação foi o designer Martin Whist, que usou esse modelo como base para criar o projeto audacioso, mas realista, da moto do mais famoso policial mecatrônico.
Compare as duas máquinas:
Kawasaki Z1000 x C-1 do Robocop
A KAWASAKI Z1000 (à esq.), naked, tem motor arrefecido a água, 16 válvulas (DOHC), câmbio de seis marchas, 138 cv, chassi tubular duplo em alumínio, máxima de 250 km/h e autonomia de 300 km. A futurista OMNICORP C-1 (dir.), carenada, tem arrefecimento a hidrogênio liquido, 197 cv, estrutura em grafeno e aço líquido, máxima de 397 km/h e autonomia de 600 km. A outrora naked recebeu uma carenagem integral, feita em fibra de vidro, com luzes de polícia nas extremidades dianteiras e um largo painel frontal com o parabrisa (muito semelhante ao da Yamaha YZF-R1). Na dianteira, duas linhas vermelhas de luz seguem o desenho do visor no capacete do personagem, compondo os faróis com o apoio de luzes brancas convencionais, logo abaixo. Na rabeta, o desenho lembra as superesportivas. A “cauda” recebeu entradas de ar para exaltar a aerodinâmica e também abrigar as luzes azuis e vermelhas da polícia. Destaque para a balança da Z1000, que foi estendida, sendo que as pedaleiras foram recuadas até a extremidade do paralama.
“Modificamos o quadro, aumentamos a distância entre os eixos. É bem mais longa do que uma moto normal, porque eu queria que Robocop se inclinasse para frente quando estivesse em modo de ataque. Ele é um cara tão grande que, montado numa moto normal, ela pareceria pequena”, comenta Whist. O designer explica ainda que o fato da pintura da C-1 e da armadura do Robocop terem a mesma textura cria, propositalmente, a impressão de que ambas são feitas do mesmo material. “Nós blindamos toda a moto, algo parecido com o que fizemos com o uniforme. Ele se funde com a moto quando a está pilotando, se convertem numa unidade”, diz. No final, tanto os dublês quanto o próprio Joel Kinnaman toparam o desafio de guiá-la, dispensando o uso de computação gráfica na maior parte das cenas em que o Robocop acelera essa maravilha.
Quer saber mais sobre a nova versão de Robocop? Assista ao trailer abaixo e corra pra fila do cinema. Depois, mande pra gente a sua opinião sobre essa estrela entre as motos de filmes.
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Via: UOL Motos