Antigas
Conheça o inimigo: fios cortantes de pipa
Postado em: 12 janeiro, 2016
Os meses de férias escolares (julho, agosto, dezembro e janeiro) são as épocas de maior incidência de acidentes com linhas cortantes, tanto que é raro a pessoa que não conhece ou não foi afetada por linhas de cerol ou linha chilena. Vale frisar que expor a vida de outros em risco é crime previsto em lei (Art. 132), com punição de três meses a um ano de detenção. Caso haja um acidente, a lei é ainda mais severa e varia com o fato.
As linhas de cerol são produzidas através de uma mistura de cola e vidro moído (ou pó de ferro) e que concedem uma propriedade cortante ao fio; já a linha chilena é feita com substâncias químicas que a tornam mais lisa, portanto cortante. A intenção dos pipeiros é cortar a linha de outros pipeiros e assim tornar-se dominante nos céus, porém não pensam no que essa prática causa nas vias públicas: acidentes fatais.
A linha que está no meio da via pública entra em contato com o motociclista e então escorrega até parar em algum lugar, geralmente o pescoço (já que o parabrisa e o capacete oferecem pouca resistência ao fio, a linha “escorrega” até parar no pescoço), degolando o piloto no ato ou provocando um corte na região do pescoço e um grave sangramento.
Então, a forma mais eficiente para evitar esse tipo de contato ainda é a antena corta pipa, caso você ainda não tenha a antena e perceber que existem pipas nos céus, tente se agachar para uma linha imaginária abaixo dos retrovisores – isso aumenta suas chances de não sofrer danos.
A intenção não é acabar com a diversão de crianças e jovens, mas sim para que parem de utilizar verdadeiras armas letais aos motociclistas. Então, sempre avise as crianças que conhece para não brincarem com linhas cortantes, pois isso pode causar a morte de pessoas no trânsito.