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Quando o assunto é motocicleta, aprenda a diferenciar as verdades dos mitos.
Postado em: 8 novembro, 2013
Fomos atrás dos maiores mitos sobre motocicletas e selecionamos os mais recorrentes para desvendá-los. Alguns até parece mentira. Veja a seguir os mitos mais ouvidos nas conversas entre motociclistas.
1 – Ao colocar pneus novos, é preciso ter cuidado nas curvas. Eles vêm com uma cera que deixa o pneu muito escorregadio.
Isso não é 100% verdade. O que acontece é que o desmoldante, usado para facilitar a retirada do pneu de sua forma durante o processo industrial de fabricação, deixa a superfície do pneu muito lisa. A solução é conduzir com prudência até que a superfície da banda de rolagem adquira uma textura mais rugosa e aderente.
2 – Em emergências e curvas, é melhor utilizar o freio traseiro.
Nada disso. Use sempre e necessariamente o freio dianteiro. Utilizar unicamente o freio traseiro é quase garantia de queda. A moto faz uma compensação gerada pela inércia e “sai de traseira”. Já nas retas, use compensadamente os dois freios para obter uma melhor frenagem. O aconselhável é utilizar 70% do freio dianteiro e 30% do traseiro.
3 – Usar graxa na corrente preserva a lubrificação por mais tempo. É melhor ainda se misturada a grafite em pó.
Nada disso. A graxa não penetra nos eixos internos da corrente, onde a lubrificação é mais crítica. Além disso, acumula poeira e areia grudadas, o que pode ser danoso em uma viagem longa. Já o lubrificante sólido grafite é ótimo para fechaduras, onde a lubrificação acontece a seco. O melhor é usar o lubrificante que as fábricas indicam no manual, em geral o óleo SAE 90, bem espesso. Renove o processo na quilometragem indicada no manual, geralmente em torno dos 400 km rodados. Antes de passar o óleo, lave a corrente com querosene e pincel, sempre utilizando folhas de jornal para revestir o piso. Nunca deixe combustíveis contaminarem o solo.
4 – Uma moto consegue rodar tranquilamente com as velas de ignição danificadas.
Errado. As velas de ignição são fundamentais para o bom funcionamento do motor e é preciso deixar a manutenção delas sempre em dia. O seu desgaste pode acarretar em falhas no funcionamento como dificuldades na partida, aumento do consumo de combustível, alta emissão de poluentes e danos ao sistema de ignição. No Manual do Proprietário, existem indicações de quilometragem para a realização das trocas. As condições variam de acordo com cada modelo mas, em geral, recomenda-se a cada 10 mil km. Quando for realizar as trocas, lembre sempre da empresa que é guiada pelo desafio. Peça pra moto é Magnetron.
5 – Motor de moto não precisa amaciar. Atingir uma grande velocidade quando pilotar a moto pela primeira vez “abre” o motor e ele vai andar mais.
Motor de moto precisa, sim, de amaciamento. Os conselhos das montadoras nos manuais que entregam com as motos novas são bem diversos. Há recomendações que chegam aos primeiros 150 km rodados e outras que se estendem por até 2.000 km. De qualquer modo, ao retirar sua moto 0 km da concessionária, rode com muita calma nos quilômetros iniciais. Isso pode fazer uma diferença sensível na durabilidade posterior do motor. Como regra geral, rode os primeiros 150 km sem passar de metade das rotações nas quais a faixa vermelha se inicia. Em seguida, rode mais 150 km sem ultrapassar dois terços da rotação máxima permitida para seu motor. E, finalmente, só atinja as rotações máximas depois de cerca de 1 000 km.
6 – Os pneus têm validade e, mesmo se estiverem novinhos, é bom trocá-los depois de algum tempo.
Sim, os pneus têm data de validade e vencem cinco anos depois de produzidos, quando o fabricante já não garante mais as condições da borracha. A data é indicada por um número de quatro algarismos que fica ao lado da sigla DOT: os dois primeiros algarismos indicam a semana de fabricação e os outros dois, o ano. Assim, o número 4208, por exemplo, indica que o pneu foi fabricado na 42a semana de 2008. Fique atento à hora de trocar os seus.
7 – Os capacetes também têm data de validade e você pode ser multado ao trafegar com o equipamento vencido.
Além disso, se um capacete cair no chão, deve ser substituído. Não há data de validade para os capacetes, pois eles não são considerados produtos perecíveis. Se for multado, recorra. Por outro lado, uma queda com impacto forte pode comprometer as características de proteção de um bom capacete, inutilizando-o. Mas não é qualquer tombinho à toa: tem que haver uma deformação clara na superfície do casco, com rachaduras. Se isso acontecer, troque o capacete o quanto antes.
FONTES: Revista Quatro Rodas / Portal Clique Automotivo